Como "Tipar" alguém
Existem algumas formas de classificar o tipo de personalidade de uma pessoa, mas é preciso usar as ferramentas corretas para se ter uma precisão no resultado. Pode-se usar testes gratuitos da internet, pagando algum profissional da área para fazer isso, ou usando um dos métodos que vamos mostrar abaixo:
Método #1
Método Os 16 Tipos:
A Grade de Tipos: Estilos de Comunicação x Estilos de Raciocínio.
1º passo: Identifique o ESTILO DE COMUNICAÇÃO
Utilize o gráfico abaixo para te ajudar:
Como ler o gráfico ESTILO DE COMUNICAÇÃO acima:
1) Numa conversa a pessoa costuma ser:
a) Iniciador:
• Inicia a(s) conversa(s);
• Iniciar novos tópicos;
• Tende a se expressar constantemente;
• Bastante participativo;
• Pode falar mais do que ouvir;
• Inicia novas abordagens e assuntos;
• Pensa enquanto fala;
• Pode ser mais expansivo do que retraído;
• Parece ter uma necessidade natural de se expressar;
b) Responsivo:
• Prefere que falarem primeiro;
• Contribui o suficiente com os assuntos;
• Fala o necessário, tenta não interromper;
• Responde mais quando é perguntado;
• Ouve mais do que fala;
• Pensa ou reflete primeiro antes de falar;
• Prefere que outros puxem assunto primeiro;
• Pode ser mais retraído do que expansivo;
• Pode ser que pareça se esforçar pra fazer sentido;
2) Como a pessoa chega a conclusões:
a) Definidor:
• Direto ao ponto;
• Respostas precisas e diretas;
• Tenta ser objetivo nas respostas;
• Pretende delegar ou definir;
• Focado no assunto da pauta;
• Prefere dizer o que deve ser feito do que deixar em aberto
b) Alternativo:
• Dar possibilidades;
• Respostas informativas e subjetivas;
• “Veja bem…”;
• Pode mudar de assunto com facilidade;
• Pode dar várias alternativas para uma mesma pergunta;
• Prefere sugerir do que comandar;
• Explorar ideias diferentes;
Identifique como essa pessoa interage numa conversa com mais frequência. Anote:
Numa conversa quantas vezes a pessoa é mais Iniciador do que Responsivo?
- E como ela mais chega em conclusões? De forma Definidora ou Alternativa?
3) Identifique no gráfico de Estilo de Comunicação qual o estilo correspondente.
A maneira que mais a pessoa se expressa numa conversa vai definir seu Estilo de Interação:
a) Iniciador + Definidor = EJ (Decisivo)
b) Iniciador + Alternativo = EP (Agregador)
c) Responsivo +Definidor = IJ (Conclusivo)
d) Responsivo + Alternativo = IP (Opinador)
Clique aqui para informações mais detalhadas sobre Os Estilos de Comunicação.
2º passo: Identifique o ESTILO DE RACIOCÍNIO
Utilize o gráfico abaixo para te ajudar:
Como ler o gráfico ESTILO DE RACIOCÍNIO acima:
1) Como é o estilo de EMPATIA da pessoa:
a) PRÁGMÁTICO: Fatos e dados.
Tem maior considerações pelas leis que regem o mundo, sejam elas leis da sociedade, como as leis constitucionais ou leis naturais, como as leis da ciência, da forma como o universo se rege naturalmente. Por isso utiliza mais o raciocínio das leis para fazer seus argumentos.
Exemplo: “O que funciona”, “o que funciona para mim”, “o que funciona para todos”, “o que traz resultados práticos?”, “o que traz resultados óbvios?”, “o que é óbvio”, “o que é comprovado”, “o que é lógico”, “quais são os fatos?”
b) FRATERNO: Pessoas e relações sociais.
Tem maior considerações pela ética e moral entre as pessoas, da forma como as pessoas conduzem suas relações em sociedade e em grupos, em respeito as pessoas, sobre o que elas pensam e como elas são vistas de maneira geral. Por isso utiliza mais o raciocínio da fraternidade entre as pessoas para fazer seus argumentos.
Exemplo: “o que é certo”, “é o certo a se fazer”, “isso é bom para as pessoas”, “é melhor se for assim”, “bom para todos”, “isso é justo”, “isso é bom/não é bom”.
2) Como a pessoa encara a REALIDADE:
a) REALISTA: Coisas concretas, experiências reais.
Fazem colocações sobre o ambiente imediato a sua volta, observando a realidade das coisas como elas são, como acontecem ou como aconteceram. Por isso utilizam mais um raciocínio concreto e óbvio sobre o mundo nos seus argumentos para apontar coisas que consideram fatos.
Exemplo: “o que é”, “as coisas são assim”, “não poderia ser diferente disso”, “isso é feito dessa forma”, “isso acontece assim”, “isso aconteceu por causa de”.
b) IMAGINATIVO: Ideias e concepções.
Fazem observações abstratas sobre o mundo, da maneira como poderia ser ou poderia ter sido, ao invés do que realmente houve. Assim, constroem seus argumentos baseando-se em concepções e das possibilidades, de ideias futuras, da realidade alternativa que não existe, mas poderia existir segundo seu raciocínio.
Exemplo: “o que será que…”, “o que seria se…”, “e se…”, “o que poderia ser”, “o que aconteceria se fizéssemos dessa forma”, “se tentarmos dessa maneira”, “isso vai acontecer lá na frente”, “lá no futuro isso vai ser assim”, “isso podia ter sido feito assim”, “se tivessem feito assim teria sido diferente”.
Identifique como é o estilo de raciocínio da pessoa, como ela age e como pensa sobre os temas abordados. Anote:
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Quantas vezes a pessoa mostra ter mais empatia de um PRAGMÁTICO vs. empatia de um FRATERNO?
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Quantas vezes a pessoa usa argumentos de REALISTA vs. termos de IMAGINATIVO?
3) Identifique na MATRIZ DE ESTILOS DE RACIOCÍNIO qual o estilo dela.
A forma que a pessoa mais pensa, raciocina e age sobre os temas de uma conversa vai definir seu estilo
a) PRAGMÁTICO + REALISTA = ST (Prático)
b) PRAGMÁTICO + IMAGINATIVO = NT (Analítico)
c) FRATERNO + REALISTA = SF (Relacional)
d) FRATERNO + IMAGINATIVO = NF (Experimental)
Clique aqui para informações mais detalhadas sobre Os Estilos de Raciocínio.
3º passo: Cruze as informações na Grade de Estilos de Comunicação vs. Estilos de Raciocínio:
Utilize o gráfico abaixo para te ajudar. Ao fazer isso, terá o possível tipo da pessoa em que se está avaliando.
Qual a forma mais adequada de usar a Grade dos Estilos?
Assistindo, observando e anotando:
A forma mais adequada de usar a Grade dos Tipos é observando a pessoa que se deseja “tipar”, anotando e marcando as informações na Cartilha para tipar, que dispomos logo abaixo.Digamos que você queira saber o tipo de um artista famoso. Você deve procurar por entrevistas em vídeo dessa pessoa na internet, de preferência entrevistas informais, onde o entrevistado está confortável, não está sob-pressão. Para evitar o viés, veja a mesma pessoa em outras entrevistas, em momentos diferentes da sua vida.
- Utilizando os gráficos Estilo de Comunicação e Estilo de Raciocínio:
Conforme assiste as entrevistas, observe quais termos são usados pela pessoa em questão e marque as lacunas da cartilha utilizando os métodos da Matriz de Temperamentos e Matriz de Estilos de Interação. Os termos que mais tiverem marcações definirão o Temperamento e o Estilo de Interação dela. Isso será suficiente para conferir a Grade de Tipos, cruzar as informações e descobrir o tipo da pessoa.
Identificando Funções Cognitivas no discurso:
De modo geral, é possível observar os termos que são utilizados pelo entrevistado e detectar alguns padrões das Funções Cognitivas, de forma a ajudar na avaliação, levando em consideração que esse não pode ser o método primário. Exemplos de termos abaixo:
Te: “como fazer”, “o que precisa ser feito”, “isso tem que ser assim”, “tem que ser feito dessa forma”, “tem que ser assim”.
Ti: “o porquê”, “isso pode ser feito assim”, “isso é assim por causa de a+b”, “a mais b resulta em c”, “poderia ser feito dessa maneira”.
Fe: “o que precisamos”, “as pessoas precisam disso”, “temos necessidade disso”, “as pessoas gostam quando…”, “eu gosto quando as pessoas…”.
Fi: “o que é importante para mim”, “eu gosto quando isso”, “acredito que isso é importante”, “eu sinto que”, “me sinto como se”, “o que eu preciso”.
Se: “isso é assim”, “as coisas são como são”, “a realidade é que”, “eu quero isso”, “tenho vontade de”, “eu vou lá e faço”, “eu faço o que eu tenho vontade”
Si: “isso era assim”, “as coisas são assim porque antes aconteceu isso”, “as pessoas faziam isso”, “eu passei por momentos em que”, “eu sei que é assim porque aconteceu…”.
Ne: “o que pode ser”, “o que será que acontece se”, “e se a gente fizesse isso”, “já pensou se”, “e se tentássemos dessa maneira”, “se acontecer assim”.
Ni: “o que vai ser”, “isso vai ser assim”, “quando isso acontecer”, “no futuro teremos…”, “é provável que isso seja assim”, “se você fizer isso, vai acontecer isso”, “eu quero que seja assim”
• Identificando Eixos Cognitivos no discurso:
É possível observar Funções Cognitivas opostas agindo no mesmo eixo, ou seja, dentro do mesmo propósito em comum. Leia mais em Eixos Cognitivos. Exemplos:
Te – Fi: “eu quero ser reconhecido pelo esforço que estou fazendo”, “eu sou muito bom no que faço e espero que reconheçam isso”, “quero me sentir bem por fazer isso”.
Ti – Fe: “eu aprendo isso/faço dessa forma, porque é bom para todos/ para a sociedade/ porque as pessoas vão gostar de saber disso”, “a sociedade vai me reconhecer”.
Fe – Ti: “eu faço isso pelas pessoas porque é o obvio/lógico a se fazer/elas esperam isso de mim”, “quero que minhas coisas façam sentido para os outros”.
Fi – Te: “eu sinto que as coisas são melhores assim e espero que os outros façam o mesmo”, “eu sinto que isso é o certo então eu faço”, “o que estou fazendo é o certo então vou continuar fazendo”.
Se – Ni: “eu tenho vontade de fazer isso e não posso deixar para depois”, “eu quero agora (e não no futuro)”, “isso é assim hoje, o futuro ninguém sabe”, “eu faço agora porque depois não será igual”.
Si – Ne: “isso sempre foi assim, porque seria diferente agora/amanhã?”, “eu sempre soube disso e acho que não vai mudar um dia”, “se isso não mudar agora o futuro poderá ser assim”.
Ne – Si: “se a gente fizesse isso as coisas poderiam ser mais adequadas/estáveis no futuro”, “se a gente não fizer isso agora, o futuro poderá ser diferente do que eu conheço”.
Ni – Se: “eu estou fazendo isso agora para que o futuro seja do jeito que eu imagino”, “eu prevejo que no futuro teremos isso, e assim será mais agradável”, “eu vejo que será assim e quando eu estiver lá estarei confortável”.
Cartilha para Tipar
Utilize a cartilha acima para descobrir o tipo de alguém. Faça o download, cole em algum programa de edição, ou até mesmo copie num caderno.
Marque nas lacunas quando os termos são utilizados. Os termos mais utilizados deverão indicar o provável tipo da pessoa em questão.
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Posso usar a Cartilha para tipar amigos e conhecidos?
Claro que sim, apenas tenha em mente que nem todo mundo se sente confortável na posição de entrevistado. E por mais que seu(ua) amigo(a) ceda participar de uma entrevista com você o resultado pode ser distorcido por inúmeros motivos: Não ter dado a devida atenção (do entrevistado ou do entrevistador), se perder no contexto, não ter a opção de revisar os termos que foram utilizados, viés de confirmação etc. É preferível que se avalie um áudio ou video gravado da pessoa a qual se deseja tipar, mantendo a garantia que aquela gravação não sofre interferências demasiadas e que aquilo que está sendo ouvido representa bem a pessoa. -
Posso usar a Cartilha para me auto-tipar?
Da mesma forma que é difícil conseguir entrevistar um amigo ou conhecido, talvez seja ainda mais difícil fazer uma entrevista consigo mesmo. É preciso ser muito criterioso na hora de se auto-avaliar, de forma a deixar todos os vieses de lado e tentar entender quais desses termos explicados acima você mais usa e em qual contexto você se encontra no momento. Se possível, procure videos antigos seus ou áudios, que mostrem você no seu momento descontraído e confortável para fazer uma auto-avaliação. No mais, é recomendável que você estude a teoria, disposta em nosso site, e assim tentar encontrar formas adequadas de entender a si mesmo. -
Posso tipar personagens fictícios?
Tipar personagens fictícios só pode servir para propósitos lúdicos de divertimento. Quando o autor/criador de um personagem faz sua criação, é muito improvável ter a garantia de que ele usou alguma análise psicológica fidedigna ao das pessoas reais, com toda a complexidade da mente que os humanos tem. A personalidade de um personagem é um emaranhado de ideias, arquétipos e esteriótipos que dificilmente representam a realidade. -
Qual a eficácia do método? É confiável? Posso colocar no meu TCC?
O método da Grade de Estilos de Comunicação vs. Raciocínio foi desenvolvido por Os 16 Tipos com base no modelo HBDI: Herrmann Brain Dominance Instrument de Ned Herrmann para representar os eixos do raciocínio e MBTI: Myers-Briggs Type Indicator de Isabel Briggs-Myers e Katherine Briggs para representar os eixos da fala na grade. Todos os modelos e estudos são provenientes da teoria dos Tipos Psicológicos de Carl Jung. O método é experimental e não deve ser considerado oficial de nenhuma maneira. Não possuímos vínculo com os citados acima e nem os representamos oficialmente. Os 16 tipos possui uma trajetória de quase 10 anos estudando, pesquisando e admirando o assunto da tipologia e os estudiosos que compartilharam seus conhecimentos ao público e garantimos que nossos textos são releituras fiéis da teoria, de “um jeito fácil e divertido” como está escrito no nosso slogan.